Muitas mães me dizem:
“Meu filho come mesmo sem fome. Principalmente quando está triste, cansado ou ansioso.”
Isso não é falta de disciplina.
É o cérebro buscando conforto — e a comida vira alívio rápido.
Quando uma criança come por emoção, três forças estão atuando:
Menos energia mental = mais impulso.
Criança não sabe nomear tristeza, medo ou frustração.
A indústria alimenta a compulsão com coisas altamente palatáveis.
Ultraprocessados ativam o sistema de recompensa — dopamina.
Quanto mais come, mais quer.
✔ Nomeie a emoção
“Você está preocupado?”
“Parece cansado?”
✔ Crie rituais de acolhimento
5–10 minutos de conversa antes de comer.
✔ Organize o ambiente
O que está à vista é o que se come.
Antes de mudar o prato, mude a rotina emocional.
QUER MAIS DICAS?
Aqui estão algumas razões comuns pelas quais uma criança pode comer por emoção:
Conforto e Recompensa: Assim como muitos adultos, as crianças podem associar certos alimentos (especialmente doces e guloseimas) a conforto e recompensa. Se um alimento foi usado para acalmar ou celebrar no passado, a criança pode recorrer a ele quando se sentir triste, zangada, frustrada ou até mesmo entediada.
Tédio: O tédio é um grande gatilho para a alimentação emocional. Quando as crianças não têm algo envolvente para fazer, a comida pode se tornar uma fonte de entretenimento ou uma forma de preencher o tempo.
Estresse e Ansiedade: Crianças, assim como adultos, podem sentir estresse e ansiedade. Problemas na escola, conflitos com amigos, mudanças na família ou preocupações gerais podem levar a um aumento da alimentação emocional como forma de aliviar esses sentimentos.
Tristeza ou Decepção: Após uma decepção, uma briga com um amigo ou uma situação triste, a comida pode ser uma maneira rápida de tentar se sentir melhor, mesmo que temporariamente.
Frustração e Raiva: Quando as crianças se sentem frustradas por não conseguir algo ou com raiva de uma situação, a comida pode ser usada para mascarar esses sentimentos intensos.
Falta de Consciência Emocional: Crianças pequenas ainda estão desenvolvendo a capacidade de identificar e expressar suas emoções. Elas podem confundir desconforto emocional com fome, ou não saber como lidar com o que estão sentindo de forma construtiva.
Ambiente Familiar e Hábitos: Se a alimentação emocional é comum na família ou se a comida é frequentemente usada como recompensa ou punição, a criança pode absorver esses padrões.
Pressão Social: A pressão de colegas ou a influência da mídia em relação a certos alimentos também pode desempenhar um papel.
Como ajudar seu filho:
Identifique os Gatilhos: Observe quando e por que seu filho busca comida sem estar com fome. Existe um padrão emocional?
Ensine Habilidades de Enfrentamento: Ajude seu filho a nomear suas emoções e a encontrar outras maneiras de lidar com elas (conversar, desenhar, brincar, ler, praticar esportes).
Ofereça Alternativas: Em vez de comida, sugira atividades ou confortos não alimentares.
Seja um Modelo: Demonstre como você lida com suas próprias emoções de forma saudável.
Crie um Ambiente Alimentar Equilibrado: Evite usar comida como recompensa ou punição. Foque em refeições balanceadas e lanches nutritivos.
A boa notícia é que dá pra ensinar uma relação saudável com a comida sem pressão nem culpa.
🌱 No Projeto Amigos da Balança, acreditamos que todo cuidado começa com acolhimento.